Foto do blog: Mario Lamoglia

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Cafeomancia

Como ousa? Como se atreve a me cuspir enganos, passar assim por cima dos meus planos? Vem me falar de flores, vem sussurrar amores... quanta insolência! - eu sou mil rancores. Não vê que a faca dos dias 'inda me sangra o peito? Que meus sonhos-poucos já escorreram? Cara de pau vir cantar futuro, esbaforir em lua, me hastear bandeira... Não adianta vir beijar minhas noites. Besteira muita vir me alar de azul. Caso perdido extrapolar meu peito de esperança-nua - ando vivendo crua.
Estúpida.
Maldita borra de café estúpida!

Sylvia Araujo 

6 comentários:

flaviopettinichiarte disse...

muito bommmm!!!!! muitooo!!!!

Sylvia Araujo disse...

Oi, Flávio!
Essas estúpidas borras de café têm mania de nos levar além, né? rs
Pegue uma xícara e se aprochegue!

Ulisses Reis ® disse...

Tua figura de linguagem poderosa, que cosntrução para lá de maravilhosa

Com seres igual a ti, vele a pena neste momento existir

Muito obrigado, parabens , beijos !!!

Sylvia Araujo disse...

Ô, querido Ulisses,
Que honra ter tuas palavras aqui. Obrigada, muitíssimo, pela presença, viu?
Café? rs

Eivy Von Gray disse...

A forma da sua escrita, simplesmente, me encanta!
Sei que deve estar ressentida,pelo café??, mas essa experiência cuspida em mil sentimentos foi maravilhosa!

^^

Parabéns!

Sylvia Araujo disse...

Tô ressentida não, Eivy... ela é que deve estar: a louca que se apossa de mim quando descarrego essas coisas. rs
Fico sempre feliz quando leio seus carinhos.
Se esparrame no tapete sempre, viu?

Beijo na alma