Foto do blog: Mario Lamoglia

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Sexta feira, oba!

Ah! A sexta-feira...
Sexta-feira é promessa de bons amigos, cerveja gelada, papo delicioso e muita música. Quando faz sol, é praia na certa. E quando chove, o sol brilha dentro de casa...
Ah! A sexta-feira, que maravilha!
É tempo de ser quem se é. De fazer o que quiser, acordar quando bem entender. É promessa de noites viradas, e até bem dormidas, desde que seja escolhida. Se faz sol, é passeio na areia. E se chove, maratona cinéfila...
Ah! A divina-magnífica-sexta-feira!

Sylvia Araujo

Trilha sonora

(clica no título pra ouvir Frejat)

Amor pra recomeçar
[Frejat/Mauricio Barros/Mauro Sta. Cecília]

"Eu te desejo
Não parar tão cedo
Pois toda idade tem
Prazer e medo...

E com os que erram
Feio e bastante
Que você consiga
Ser tolerante...

Quando você ficar triste
Que seja por um dia
E não o ano inteiro
E que você descubra
Que rir é bom
Mas que rir de tudo
É desespero...

Desejo!
Que você tenha a quem amar
E quando estiver bem cansado
Ainda, exista amor
Prá recomeçar
Prá recomeçar...

Eu te desejo muitos amigos
Mas que em um
Você possa confiar
E que tenha até
Inimigos
Prá você não deixar
De duvidar...

Eu desejo!
Que você ganhe dinheiro
Pois é preciso
Viver também
E que você diga a ele
Pelo menos uma vez
Quem é mesmo
O dono de quem...

Eu desejo!
Que você tenha a quem amar
E quando estiver bem cansado
Ainda, exista amor
Prá recomeçar
Prá recomeçar
Prá recomeçar..."

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

"Não sou a areia onde se desenha um par de asas ou grades diante de uma janela. Não sou apenas a pedra que rola nas marés do mundo, em cada praia resnascendo outra. Sou a orelha encostada na concha da vida, sou construção e desmoronamento, servo e senhor, e sou mistério.
A quatro mãos escrevemos este roteiro para o palco do meu tempo: o meu destino e eu. Nem sempre estamos afinados, nem sempre nos levamos a sério."

Lya Luft
"Se tenho que ser um objeto, que seja um objeto que grita”.

Clarice Lispector

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Hábito

Tá doendo.
Tá doendo muito.
Tá doendo tanto, que nem sei se é dor ou se é dormência.
E eu deixo doer.
Deixo doer com algum prazer, até...
Já me disseram que é masoquismo gostar de latejar.
Eu adoro... Extasio...
Virou hábito me deixar chover em dia de tempestade.
(Não gosto tanto do Merthiolate, porque hoje ele já não arde
- Só o que arde, cura.
Só o que queima, cicatriza)
O prazer que sinto na dor talvez não seja por ela em si.
Talvez seja pela certeza de que - por causa dela -
re-vivo mais forte.
Talvez seja pela vontade de desmoronar
- pra me reconstruir depois, em um voltar a ser.
Dia após dia.
Dor após dor - eu sigo.

Tá doendo.
Tá doendo muito.
Tá doendo tanto que dessa vez volto inflamada
- ainda melhor.
Deixo doer com prazer, até...
Até o pranto findar.
Até eu me recompor
- E voltar a brilhar.
Eu volto.
Eu sempre volto.
Virou hábito me deixar raiar em dia de primavera.

Sylvia Araujo

Mundo estrangeiro





"Eu já não sei se sei de nada ou quase nada... Eu só sei de mim, só sei de mim, só sei de mim..."

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Quesefoda!

Por mais que se faça, nunca é suficiente. Por mais que se esfole, por mais que supere, por mais que projete, nunca, nunca, nunca-jamais é suficiente!
Se colocar no lugar do outro e sobretudo respeitar a maneira com que ele enfrenta as situações, há! Imagina, se dar a esse trabalho... O bom é mesmo apontar o dedo em riste, criticar com a boca cheia de insultos e dizer com aquele ar de superioridade: "eu faria diferente". Ah, vai se foder, vai...
Quero ver viver a vida que eu vivo e estar sempre com um sorriso no rosto, se esforçando pra agir da melhor maneira com o mundo.
Quero ver se doar tanto, e encontrar forças, vindas sabe lá de onde, pra ainda dar mais. E mais. E mais.
Quero ver dar todos os passos - dia após dia - com a confiança de que tudo vai dar certo, sabendo que é você e você. E mais ninguém pra segurar a corda, se você escorregar no barranco.
É muito fácil falar. É muito fácil julgar. É muito fácil ofender, agredir, magoar. Difícil é estender a mão, é oferecer ouvidos, é reconhecer. Difícil é dar o melhor de si com o coração aberto, sem esperar nada em troca. É amar, respeitar, desculpar.
Mas eu sempre fui do contra mesmo, e nunca gostei de nada fácil, não... Só fico triste que existam pessoas - muitas, aliás - que não tenham idéia do peso das palavras e dos olhares de reprovação que saem displiscentemente metralhando por aí. Fico triste por elas, pela sua infelicidade. Porque vida que gira em torno do alheio não deve ser lá das melhores...
A sorte é que sei quem sou, o que procuro e o que mereço. E tenho consciência de que faço sempre o melhor que posso. Esse é o meu caminho e por ele vou seguir, até que mude de idéia, ou encontre algum melhor. Mas se mudar o rumo dos meus passos vai ser porque eu quero, e porque acho que será o mais acertado pra mim e pras pessoas que eu amo.
O resto, meu amigo, sem ofensas: quesefoda!

(Pronto. Falei.)

Sylvia Araujo

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Trilha sonora

(clica no título pra ouvir Arnaldo Antunes)

Socorro
[Arnaldo Antunes/Alice Ruiz]

"Socorro, não estou sentindo nada
Nem medo, nem calor, nem fogo
Não vai dar mais pra chorar, nem pra rir
Socorro, alguma alma, mesmo que penada
Me empreste suas penas
Já não sinto amor, nem dor, já não sinto nada
Socorro, alguém me dê um coração
Que esse já não bate, nem apanha
Por favor, uma emoção pequena
Qualquer coisa
Qualquer coisa que se sinta
Em tantos sentimentos
Deve ter algum que sirva
Socorro, alguma rua que me dê sentido
Em qualquer cruzamento, acostamento, encruzilhada
Socorro, eu já não sinto nada, nada"

Esse sabe das coisas...

"Relacionamento bege é ok. Muitas vezes é necessário em nossas vidas. Digo isso por experiência própria, já aconteceu algumas vezes. Você se dá bem com a pessoa, gostam de muitas coisas em comum, ou pelo menos, dizem que gostam para agradar ao outro. Vão ao cineminha, dificilmente discutem e até a trepada é legal. Trepada não, em relacionamento bege no máximo se transa.
O bege é uma cor legalzinha, meio curinga, Você usa, combina aqui, ali, mas ninguém pensa nele quando quer se destacar numa festa, ficar exuberante. Na verdade, temos que admitir que o bege é na verdade uma cor meio insossa. Você usa e tal, mas dificilmente compraria uma peça exclusiva bege. E não troca por mera conveniência.
Ao mesmo tempo que relacionamentos beges trazem serenidade, paz e segurança, também nos fazem refletir: é isso mesmo? Você sente falta de algo mais. Falo daquela faísca que dá um pequeno choque em nossos corpos. A gente não sente fome, mas também não lambe os beiços.
Entretanto, relacionamentos beges cumprem uma boa função. Muitas vezes ajudam a curar uma ferida ainda não cicatrizada. Nos fazem sentirmos queridos, especiais para uma pessoa, elevam nossa auto-estima e nos levam a concluir que os relacionamentos saudáveis podem e devem ser acima de tudo leves.
Muitos podem pensar que ter a sorte de um amor tranqüilo, leve e saudável pode bastar para nos realizarmos. Eu sou da turma do contra. Acho fundamental ter uma mulher parceira, equilibrada, independente, e que também não me encha o saco. Mas também quero alguém que me dê fissura no meio da tarde, que discorde de mim, que eu tenha medo de perdê-la, que me deixe levemente inseguro e que, sobretudo, me dê certos limites em determinadas circunstâncias. (leia-se, que saiba a hora e o motivo para encher o saco)
Um dos sintomas mais comuns de relacionamentos beges é ausência do medo de perder seu (a) parceiro(a). É geralmente o cara fofo que todo mundo acha legal, interessante, bom partido, aquele que faria qualquer pessoa feliz, menos, justamente você.
Em uma certa altura da vida quando estamos realmente maduros podemos refletir sobre o que é fundamental em um relacionamento para nos sentirmos realizados. Entretanto, a noção de realização não se enquadra na ciência exata. Para uns, o bege satisfaz, combina e não compromete. Prefiro um vermelho bordeaux, mesmo correndo o risco de errar."

Por: Macho de Respeito

Na estante

Eu estou na estante.
E todo mundo que me lê,
Me acha interessante.
Mas eu anseio um só leitor:
Que me folheie,
Que me floreie,
Que me encoraje -
Palavrandante.
Palavraescrita,
Palavralida -
Palavramante!

Sylvia Araujo

terça-feira, 18 de novembro de 2008

Azeeeeda que só...

Num azedume de dar gosto.

Mantenha distância, para sua segurança.

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Trilha sonora

(clica no título pra ouvir Marisa Monte)

Preciso Me Encontrar
[Candeia]

"Deixe-me ir
Preciso andar
Vou por aí a procurar
Rir prá não chorar...

Quero assistir ao sol nascer
Ver as águas dos rios correr
Ouvir os pássaros cantar
Eu quero nascer, quero viver...

Deixe-me ir
Preciso andar
Vou por aí a procurar
Rir prá não chorar...

Se alguém por mim perguntar
Diga que eu só vou voltar
Quando eu me encontrar..."

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

The best of the year

Uma vida inteira depois, a máxima do ano:
"- Se você tivesse parado de fumar, estaríamos juntos até hoje."

Não preciso nem dizer que estou gargalhando até agora.
O ser humano é mesmo uma piada. E muito da chinfrim.

Como é que alguém pode se achar capaz de tomar pra si o direito de limitar o outro? E pior, responsabilizá-lo pelas suas próprias limitações? Fico perplexa.
Se você possui rígidos padrões umbigais, que se aproxime de quem corresponda a eles, oras bolotas... ou estou errada?
O maior fracasso dos relacionamentos, a meu ver, se deve às incansáveis tentativas de transformar o outro em um mero reflexo de si mesmo. Mas pra quê, se a maior riqueza do estar junto é exatamente conviver com as diferenças?
As pessoas não devem ser podadas. Mas regadas - com afeto, apoio e compreensão.
Eu não quero ser metade de ninguém, porque já sou inteira. E se é pra se esforçar em me partir ao meio, nem precisa perder seu tempo. Porque é certo de que, no fim das contas, quem vai sair pela metade é você. Eu duplico! Multi-plico!
Fico aqui então - tranquila - com meu cigarro aceso e meu martini duplo, na boa e velha companhia dos meus tão serenos lampejos de sanidade. Afinal, já bem dizia a minha vó: "- Minha filha, escuta bem, prestatenção: antes só, do que mal acompanhada!"

Ah! E antes que eu me esqueça:
- Desculpa, meu bem, mas acho que - com ou sem cigarros - nós não estaríamos juntos não... Amigos? ;o)

Sylvia Araujo

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Trilha sonora

(clica no título pra ouvir Lenine)

Paciência
[Lenine e Dudu Falcão]

"Mesmo quando tudo pede
Um pouco mais de calma
Até quando o corpo pede
Um pouco mais de alma
A vida não pára...

Enquanto o tempo
Acelera e pede pressa
Eu me recuso faço hora
Vou na valsa
A vida é tão rara...

Enquanto todo mundo
Espera a cura do mal
E a loucura finge
Que isso tudo é normal
Eu finjo ter paciência...

O mundo vai girando
Cada vez mais veloz
A gente espera do mundo
E o mundo espera de nós
Um pouco mais de paciência...

Será que é tempo
Que lhe falta prá perceber?
Será que temos esse tempo
Prá perder?
E quem quer saber?
A vida é tão rara
Tão rara..."
Lugar bom de se estar, esse tal de aqui dentro.
Melhor companhia não tem, que essa tal de eu mesma.
Som mais caloroso não existe, do que esse tal de silêncio.

De todas as lutas sem rima, a que melhor travei foi por mim.
De todos os momentos de horror, o vencedor sempre foi o amor.
De todas as lágrimas de dor, de lá - magnânimo - floresceu o sorriso.

Eu venci. E vencedores esmorecem em batalhas;
Mas não perdem a luta.
A minha tá ganha. Eu sei. Eu acredito.
Porque dentro de mim mora o esforço
Do doar, do viver, do sentir.
E por mais que tropece,
Por mais que me engane,
Vem a vida e me mostra o que é estar vivo.
E me desbundo, me deslumbro, ensolaro
A cada prova que tenho de que aqui é mesmo o melhor lugar pra se estar.
E eu estou. Eu vou. Eu vôo. E não páro nunca.
Eu quero é mais! Muito mais!

Sylvia Araujo

Pelos olhos de Mafalda















Clica na imagem pra enxergar (o mundo)


Já pensou no que você pode fazer? Já pensou até onde suas mãos são capazes de ir? Já pensou que você pode mudar o que está a sua volta, com a simples mudança da sua atitude? Não? Então pense. Já passou da hora de reconhecer em si mesmo a válvula que faz do seu próprio mundo um lugar melhor pra se estar. É só começar... ;o)

terça-feira, 11 de novembro de 2008

Lindeza

"Lua beija Marie.
É só um beijinho de leve nos lábios.
E ela retribui o beijinho.
Às vezes as pessoas são bonitas.
Não pela aparência física.
Nem pelo que dizem.
Só pelo que são."

Markus Zusak


A beleza é mesmo relativa... O que é o belo, afinal, além de um conjunto de coisas que te toca o coração?
Hoje, depois de algum caminho trilhado em busca do melhor corpo, do melhor cabelo, da melhor pele, me deparo com o óbvio: a beleza vem de dentro. Sim, a beleza é o que você faz com os seus dias, a maneira como encara a sua vida, a forma com que enfrenta os seus problemas... Beleza, pra mim, é ter a capacidade de enxergar e viver o belo que se desnuda dia a dia (nas coisas mais simples); e muita gente - feia - insiste em virar as costas e embrutecer os sentidos.
Lindo é aquele que ama. Lindo é quem deseja, quem apóia, quem sorri. Lindo é quem não dispensa momentos felizes, e não troca um pôr do sol por nada nesse mundo.
Não me venha com perfeição - corpo malhado, pele queimada e olhos de vidro. Anseio vida. Preciso tempestades, humanidades e boas lágrimas. Necessito incoerências, desejos e boa vontade. Eu quero é que a beleza se afaste do raso do espelho e mergulhe na imensidão do conhecer-se. Porque quem se conhece, se ama. E quem se ama, além de tornar-se belo, abre as asas e se liberta.
Taí, resumindo tudo: lindeza é permitir-se liberdade. Lindeza é ser livre!

Sylvia Araujo

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Ele vê o mundo com bons olhos.
E sorri pra vida com a leveza dos puros.
Isso é importante.
Isso é muito importante.

Sylvia Araujo