Foto do blog: Mario Lamoglia

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Sabedoria


Ele não decifra letras quando se agrupam, desde que nasceu. Me disse um dia - nos seus trinta e poucos - que sempre venerou a vírgula, mesmo sem poder chamá-la. Falou, com propriedade, que o ponto inspira a sabe-tudo - por isso lhe torce o nariz. O que não remete ao infinito, não quer mais pra si - só leva agora consigo o que tem cheiro de mar.
Quando lhe apontei as reticências, passou a vagar pelo mundo pintando três pontos em todo lugar.
Esse agora é o seu nome.
Esse se fez o seu lar.

Sylvia Araujo

4 comentários:

Priscila Rôde disse...

Sou reticências!
Adorei sua escrita!

Alyne Rubio disse...

Oi Sylvia, adorei o seu blog.
Que bom que gostou de um dos poemas sobre a Alice.
Volte sempre, Beijos!

Sylvia Araujo disse...

Oi, Pri! É sempre bom te ter por aqui. Somos e seremos sempre, não tem jeito, amém!
Beijoca!


Nyle. Gostei de Alice. Ela é meio pedaço de mim, parece... rs
Venha sempre!
Beijo

B. disse...

Você é mesmo uma coisa.