Foto do blog: Mario Lamoglia

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Para Francisco

(clica no título pra conhecer a fonte!)

"Nas horas tristes, filho, não diga nada. Coloque um silêncio bem alto no aparelho de som. E comece a escrever bem baixinho. (Chorar até que pode, desde que não lhe embace a vista). Só não pare: tristeza é pra escrever. Tome posse dessa dor que é toda sua. Até que passe e venha outra mais bonita."

"A palavra amor seguida de um ponto final é para poucas pessoas e poucos momentos. Para poucos porque é muito."

"Calhou que para mim não veio coisa fácil. Desde sempre foi assim. Uma sensação de estar só, um sentimento de não ser. Até entender que eu estava mesmo era em minha boa companhia. Mas ela se ausenta, vez por outra. E assim se seguiu a vida: a me mostrar que eu não iria pela boa e velha estrada. Eu pegaria os atalhos. Às vezes me pego querendo ser como, querendo ser que nem. Mas quando chego perto, descubro um todo mundo tão igual. No desejo de ser e não ser, de ir e não ir, na vontade de ser livre. No não saber o que é ser livre. Não saber o que é – um não saber. Tem hora que eu penso ter medo do que não sei. Depois eu me lembro: o que me dá medo mesmo é ter certeza. Que a minha sede é de vida e eu nasci agora há pouco."


"Um homem tem morte súbita, dois meses antes do nascimento do seu único filho." E a dona dessas tão conflitantes experiências - viúva e mãe - expõe seus passos vacilantes num blog sincero e tocante.
Vale a pena conferir e aplaudir tanta força e coragem. É de embargar a voz, mesmo que ela não saia. E a vontade de seguir? Multiplica!

2 comentários:

inutensilio disse...

simulacro novooo...

adorei!

abraços

Sylvia Araujo disse...

Êêêêê!!!!
Brigaduuuu, querido!
Beijoca