No outro dia levantou tristeza e se entregou. Abriu a gaveta de sempre e pegou a camisa surrada - ato reflexo. Desamassou a dor no corpo, enquanto saía - olhos no chão.
Choveu. Como sempre chovia desde que se lembrava dos dias. Não adianta: preto é preto - invariável.
Esqueceu o azul e os sonhos e escolheu enterrar-se vivo.
Mais fácil assim...
Sylvia Araujo
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