Foto do blog: Mario Lamoglia

segunda-feira, 21 de julho de 2008

Sem vozes

Muda. Completamente afônica. Paralisada, em choque.

É hora de transformar, crescer, desabrochar.
Não sei pra onde ir. Nem por onde começar.
O que sei, sem certeza alguma, é que é preciso se jogar pras asas começarem a bater. Mas o que batem são os dentes, sempre. De medo, pânico, pavor completo.
Então espero. Com o peito apertado e a garganta lacrada.
Respiro e acordo, diariamente - sorrateiramente.
Até quando, não sei.

Sylvia Araujo

2 comentários:

Anônimo disse...

Você não é mulher de garganta em branco.
Não é mulher de paralizias.
Não é mulher que rima com medo.

E eu sou dessas pessoas, que admira mulheres como você, que tem garganta para emprestar e dobras de aconchego para fazer o medo passar.

Passou, amiga, passou.

Eu estou aqui.

Te amo!

Sylvia Araujo disse...

Agradeço todos os dias pelos amigos que tenho. Porque quando o medo vem, vocês assopram, quase fazendo furacão, e ele, coitado, se treme de medo e sai de fininho...

Obrigada por fazer passar.
Obrigada por estar aqui.

Te amo.