Quem me dera um par de asas
coloridos apitos
confetes
línguas de sogra:
carnaval a gosto
num quase-setembro
- quem me dera um ombro
sem tempo.
Um frasco de ar puro
- novo pulmão:
quem me dera eu-outra
não essa dor multidão.
Tem dias, me quero poeira
- rastro pouco
muito vento
(longe).
Quem me dera, sim,
um não:
ecoante e redondo
feito um sonoro palavrão.
Sylvia Araujo
4 comentários:
Como sempre belíssimos textos que enebriam a alma de quem os ler....essas multidoes a falar de dentro pra fora e , eu, ávida por ouví-las......bjs
Sylvia, é maravilhoso!
Sempre bom te ler...
Bjo!
Estava há tanto tempo sem vir aqui, saudades de ler suas palavras! Esse foi, particularmente, um dos que mais gostei. Um bom agosto a gosto pra você, Sylvia, rs. Beijos!
Quem me dera a espera,
a demanda,
encontrar a palvra que
quem me dera
ouvir...
E vc disse... Parabéns
Rangel
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