Armada, armazena tocaias e arapucas. Foge. Esnobe, manda e desmanda. E sangra, e escorre, e grita - estapeia(-se?). Minimiza – máxima - e, tácita, entreolha ácida o que nunca foi. Assim, alheia, desmancha, deteriora - em-pó-(p)rece. E chora – implora - se faz falta, evapora. Ela ama! Ah! É toda cama - ama como nunca na vida amou! Mas já é ontem quando o sol desiste. E ela sabe. E invalida, inválida. E insiste, arrasta o nunca, empurra, afasta. E se arranha inteira - metade arrancada. Não cabe! Ainda assim, buraco dentro – fenda, ferida funda - nunca cabe o que se ausenta. É um tanto de peito inteiro - é vácuo. É receio, névoa, neve derretida. Ela é partida. Sem linha de chegada, desejo: o suspenso etéreo desejo de um primeiro - e último! - beijo.
Sylvia Araujo
14 comentários:
Uma prosa poema de tirar o fôlego, e se identificar, e admirar.
Supimpa, Sylvia!
Um beijo.
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As palavras nos jogam de um lado para o outro e o efeito é uma confusão de sentimentos.
ADOREI!
Beijos,
Cinthya
http://odivaadellas.blogspot.com
Gostei do que li. Um abraço.
ficou com um ritmo muito muito bom!
Bom poder te ler, moça!
Beijo.
Te ler é sempre um momento mágico!Você consegue isso quando junta as palavras e solta no coração da gente...Um beijo
Sylvia! Hoje lembrei-me de você e vim vê-la. Encontrei este texto lindo, impregnado de sentimentos: palavras profundas... que tocam. Saudades! Beijo
Sylvia.. lindo demais!
vou postar você la no meu cantinho.. um beijo grande!!
Lindo!!!!!!!!!!!
Vim "ver-te"... e deixar o meu beijo!...
AL
Ai...
Fundo é o seu talento.
Parabéns!
Se a seleção jogasse como tu joga bem as palvras, não teriamos perdido nenhuma copa, desde 1994. Mas, só você é a verdadeira "eneacampeã".
Belo post!
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