Foto do blog: Mario Lamoglia

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Engasgo

Muitas das cores que hoje me margeiam vêm dos sorrisos engasgados do sol, em dias de nuvens muito cinzas - quase pretas. Esse luxo de simplicidade faz meu olhar crescer como as sementes que rangem aos pingos - que se abrem sorrisos ao alvorecer.

Muitos dos cheiros que me cirandam hoje vêm dos soluços engasgados da lua, em noites de nuvens muito brancas - transparentes, quase nuas. Essa luxúria de poesia faz meu coração saltar como os sonhos que florescem ao tempo - que abocanham sentidos ao entardecer.

E das desurgências hoje eu sinto o gosto, um sabor intenso que me toma inteira - tal qual engasgo de amor latente.

Sylvia Araujo 

2 comentários:

Priscila Rôde disse...

Adoro essa subjetividade!

Sylvia Araujo disse...

Quando palavras e sentimentos não sabem bem o lugar que ocupam, acaba tudo ficando assim, meio subjetivo. rsrs

Beijoca, Pri!