"Ela cantava. A voz me chegava de longe e se derramava no quarto como um bálsamo. Via então Noêmia tão simples, a falar com uma franqueza que não me chocava. Campos dizia que ela tinha alma de borboleta. Alma de quem não parava sobre as coisas e de quem corria livre ao sol, pelos campos, toda coberta de cores, como se fossem flores a voar."
José Lins do Rego, em Eurídice.
3 comentários:
Guardadas as devidas proporções este post me lembrou (agora não sei se é um filme ou curta ) "Uma canção" ou uma "Voz" do Chico Buarque em que o personagem se apaixona pelo cantar de uma maravilhosa voz que ecoa da janela.
Abraços Marco
Alma de borboleta!
Lindo isso!
Oi, Marco!
Ihhhh eu ainda não vi! Não pode, não pode... rs
Adorei a dica. E a tua voz por aqui também!
É, Pri. Ele suspira bonito, o danado do Lins do Rego, né?
Beijoca
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