Minha vida virou de cabeça pra baixo de repente, como num looping frenético daquela montanha russa que encabeça disparado o ranking das dez mais assustadoras do universo intergalático. E eu tive que aprender na marra - minuto a minuto - a caminhar de bananeira. O pior de tudo é que ando me divertindo barbaridades com essa nova visão do mundo. As coisas ficaram mais simples, como se - pés pro alto - tudo virasse do avesso e se despisse da imagem clássica (e sacal, convenhamos) de ser o que é. Ando rindo de mim mesma, como jamais fui capaz em todos esses anos de estrada! Ando me desconstruindo a cada passo trôpego e inconstante...
Cá com os meus botões, nada pior poderia ter me acontecido nesse momento. E, assustadoramente - por isso mesmo - nada melhor. Fiquei desbaratinada, confesso, quando as luzes se apagaram. Mas no negrume, me surpreendi com as novas possibilidades do tatear, desaprendi a me deixar guiar pela luz fraca do stand by e segui rumo ao deslumbrante desconhecido. Ah! E como é supremo reconhecer meus espaços sem qualquer outro sentido, senão aquele que me leva aonde quero de fato ir... Então, neste momento sublime, quase nirvanesco, sigo firme meus instintos e meu coração, com a certeza de que vou chegar lá (pode escrever), onde nada - nem ninguém! - será capaz de me ferir, porque minhas asas estarão tão fortes, mas tão fortes, que vão me guiar certeiras até a infinitude do ser muito mais. Mais ainda.
Sylvia Araujo
2 comentários:
Certeza absoluta. Acho que você nunca esteve tão certa.
ah.....!! Nunca vi ninguem tão forte.
Sô nada, amor... por trás dessa caixa preta tem um Air Bus, pode crer. (piada imunda negríssima, eu sei!rs)
Te amo, meu bem, meu zen.
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