Chega morno e arrebata.
Palpitar sem freio;
Medo incontinente do porvir.
É um não saber,
Mesmo sentindo tudo
- mesmo sofrendo tudo,
mesmo amanhecendo sempre.
Quando semente,
Em meus sonhos: flores.
E agora que brota firme,
Só penso em enraizar.
Sigo em luta pela firmeza dos galhos,
Pela presteza do norte,
Pelo ocaso da sorte...
Eu o quero Mar
- meu ventre -
Bravio ou contido,
Tudo o que for de teu.
Eu o quero Vida,
Palpitante, enorme
- Imensidão azul...
Sylvia Araujo
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