Não é de hoje que me corrompe as idéias o teu caso obstinado com o vento. Sempre soube que tuas asas flanam onde meus braços não alcançam. Sequer tenho braços, quando teu calor aquece meu frio. Sequer tenho a mim.
Com ares de dama da noite, que só presenteia com sua beleza e suspiro em hora marcada, me frequenta quando convém. E o pior de tudo é que me contenta o sutil detalhe do minúsculo tempo que me oferta já partindo.
Você parte sempre.
E me reparte - poema insosso.
Sylvia Araujo
4 comentários:
Intenso..
"Sequer tenho a mim."
Gostei, muuuuito!
Fiquei um pouco sem palavras!
Bom final de semana!
Beijos.
Olá, Sylvia!
Encontrei seu blog por acaso e gostei demais! Um belo achado, sem dúvida!
Adorei a forma como vc escreve, como trabalha a linguagem, as metáforas... lindo demais!
Voltarei mais vezes para beber do teu poetar.
Um abraço e linda semana pra vc.
Patrícia Lara
Inssossa sou eu! Você é maravilhosa, querida!
Oi, Pri, obrigada pelo carinho de sempre, viu? Tô te devendo umas visitas!
Olá, Patrícia!
Que bom que nos encontramos! Dei uma olhada rápida no teu blog e logo, logo, vou estar lendo mais por lá. Obrigada pelo carinho e volte sempre, a casa é sua!
Marlinda da minha vida...
Entramos então em um consenso: o poema é insosso e nós, ma-ra-vi-lho-sas! hahahaha
Te amooooooooo
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