Fechei os olhos e fui embora pro meu canto de pássaros e águas correndo. Me empoleirei na árvore frondosa, me espalhei em seus muitos braços, desapareci. Agora sou caule, folhas, seiva bruta - estou silêncio admirado da grandeza do verde, do profundo espelho do lago. Trago em mim os vazios do mundo inteiro, pra encher - gota a gota - dos mais delicados gorjeios. Sou ventre em asas, sou céu.
Soul
música
muda.
Sylvia Araujo
4 comentários:
Foda. Seu texto tem a cadência certa, ao ler ele lembrei de Quintana, tem o ritmo certo, dá até pra salvar um afogado.
Parabéns.
Abraços Imundos...
Lindo texto, esse jogo de palavras me lembrou tanto um passado bem distante, minha infância. Amei. Texto curto mais com tanta intensidade de palavras! Bjs
- o importante é que SOUL.
Sylvia,
ficou perfeito!
bjs
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