Olhou no espelho depois de semanas ausente de si. A barba por fazer dizia das léguas de distância e da altura do muro que construiu ao redor. O fio branco e reluzente no meio da escuridão no alto da cabeça não era nada diante daqueles olhos sem vida. Eram seus, não havia dúvidas. Mas de quem seria aquela dor que não lhe doía, mas lhe havia matado? De quem seria toda aquela imensa falta de amor?
Sylvia Araujo
12 comentários:
essa imagem fez zoom por dentro...
beijo, bela flor!
Do espelho que não espelhou tudo o que havia para ser revelado. Espelho meu, espelho meu...
Jorge Manuel Brasil Mesquita
Lisboa, 22/11/2010
Minha querida
Muito belo sensível e verdadeiro.
Mas de quem seria aquela dor que não lhe doía, mas lhe havia matado? De quem seria toda aquela imensa falta de amor?
Como falou de mim...
Beijinhos com carinho
Sonhadora
Minha querida...
Trazemos tantas dores que não são nossas por excelência... dores herdadas... dores genéticas... dores dos tais complexos edipianos que nos inventaram... dores de outrem...
Seu texto é revelador.
Beijos da Álly
O reflexo do espelho parece falho diante do reflexo dos olhos...
Mas o que importa é entender, que, por vezes, é necessário sair de si, para encontrar-se com seus próprios sentimentos...
Amei!
Um beijo!
Imensamente imenso. Profundamente profundo. Bão pra caramba!
Uau...senti até um arrepio!
Beijos pra Ti
A felicidade se ausenta de nós, quando estamos longe de quem amamos, mas tudo passa, logo um pouco de paz retorna para nosso lado.
Essa imagem que reflete a vida real!
muito intenso, adoramos,
bjs
Lulu & Sol
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Como sempre, pintando quadros.
Fiquei aqui, visualizando.
Pura poesia!
Lindo lindo!
Muito bom mesmo seu texto. Saudades de você.
Tem selos de presente pra você no meu blog
Ventosnaprimavera.blogspot.com
Beijos
Lindo. Uma imagem poetizada da solidão masculina, q é a solidão pior, pois traz consigo a opressão da cultura do macho q não pode ficar ensimesmado por tanto tempo.
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